É um novo ano e muitos estão começando 2022 com as já famosas resoluções de ano novo, entre elas a de serem mais saudáveis. Ao pensarmos em melhorar a nossa saúde individual, também podemos fazer resoluções na fazenda para melhorar a saúde do solo.
Duas coisas importantes que você deve saber sobre nosso solo:
A saúde do solo tem a ver com sua capacidade de funcionar como um ecossistema e sustentar a produtividade, mantendo ou aumentando o seu teor de carbono. A fertilidade é um dos componentes da saúde do solo que leva em consideração o estado dos nutrientes; é a capacidade do solo de sustentar o crescimento das plantas, fornecendo nutrientes essenciais e condições favoráveis para seu desenvolvimento.
A forma como a natureza cria a fertilidade do solo inclui uma enorme diversidade de espécies e muita cooperação entre elas. Os micróbios do solo, em particular, são verdadeiras tropas em miniatura que podem não só disponibilizar nutrientes e minerais para as plantas, mas também estimular o crescimento, reforçar as respostas das plantas ao stress e estimular o sistema imune.
Por exemplo, fungos micorrizos ou bactérias fixadoras de nitrogênio são cruciais para melhorar a nutrição mineral e, portanto, o desempenho das plantas. Eles prosperam na zona da raiz, uma área importante e de grande riqueza ecológica e onde metabolizam formas recalcitrantes de nutrientes para liberar esses elementos para a nutrição das plantas. Em outras palavras, eles desbloqueiam nutrientes e os disponibilizam para as plantas.
O microbioma do solo é, na verdade, como uma vizinhança e quando essa comunidade é perturbada, os membros são incapazes de fazer seu trabalho, o que resulta na diminuição das concentrações de nutrientes nos nossos alimentos e, eventualmente, nas nossas dietas.
Essencialmente, os micróbios do solo têm a capacidade de aumentar o valor nutricional dos alimentos!
O solo é mais importante do que se pensa: ele é uma entidade viva que serve de base nutricional da nossa alimentação e é essencial para uma sociedade de sucesso. Você sabia que o solo fornece cerca de 95% da comida que comemos? Você também sabia que a disponibilidade de nutrientes está ameaçada pelas mudanças climáticas?
As culturas estão enfrentando impactos nutricionais devido às mudanças atmosféricas, como o aumento do dióxido de carbono (CO2). As plantas precisam de CO2 para produzir os alimentos que comemos, mas pesquisadores já sabem que mesmo coisas boas, se presentes em excesso, diminuem a qualidade dos alimentos e acabam virando 'junk food'. Quando cultivados em condições com níveis aumentados de CO2 de 550 partes por milhão (que alcançaremos em 2050), trigo, cevada, arroz, soja e ervilhas mostraram diminuição significativa do zinco e de outros nutrientes. Outro estudo descobriu que havia uma redução significativa nas concentrações de zinco e ferro em todas as cultivares de gramíneas e leguminosas analisadas.
O zinco é realmente importante para o bom funcionamento do sistema imunológico, o que, convenhamos, todos nós precisamos agora, e é vital para a saúde materna e infantil. Uma ingestão insuficiente de nutrientes está colocando as populações em risco de doenças e desnutrição. Mais do que 2 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem da chamada fome oculta.
"A 'fome oculta' ocorre devido à deficiência de micronutrientes e não acontece da forma como
imaginamos o que é ‘fome’. Você pode não sentir isso na barriga, mas atinge a base da sua
saúde e vitalidade." - Kul C. Gautam, ex-vice-diretor executivo da UNICEF.
Os micróbios do solo podem desempenhar "papéis críticos na mediação da produtividade das plantas e na dinâmica de carbono/nitrogênio de solos em cenários climáticos futuros” com níveis aumentados de CO2. Micronutrientes como ferro, cobalto, molibdênio desempenham um papel importante na capacidade dos micróbios de fixar nitrogênio. Cientistas estão aprendendo como diferentes espécies desempenham papéis distintos no sucesso da colheita para o produtor e, talvez mais importante, como utilizá-las estrategicamente para reforçar os cultivos.
Acredita-se que cultivares com menor sensibilidade às concentrações atmosféricas de CO2 possam ser uma solução para este problema. Este autor gostaria de ressaltar que otimizar a interação na rizosfera com fertilizantes que aumentem a biodisponibilidade de micronutrientes também poderia ser uma solução.
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